Ninguém morrer por amor.

Ninguém morre por amor. Morre-se por desamor.

 

 

Para muitas pessoas, o amor é uma carga, uma doce, quase inevitável dor uma cruz que o destino lhe deu e que é necessária carregar por não saber, não poder ou não querer amar de uma maneira mais saudável, calma e, na verdade, inteligente. Há quem tire a própria vida acreditando não mais suportar tamanha dor ou, ainda pior, tire a vida do seu amado julgando ser isso feito por amor. E há quem se esgote totalmente, por que o amor lhe pede demais acabando por sucumbir em uma vida miserável e, por vezes, entregues ao álcool e as drogas.

 

Para que um amor assim? Para que viver o amor dessa forma? Para que viver em uma relação que mal serve para fazer rima em alguma música de dor de cotovelo?

 

A verdade é que nem todo mundo aprende a fortalecer e a desenvolver o seu potencial humano com relação ao amor; muitos se debilitam e deixam de ser quem realmente são muitas vezes apenas para ser quem a outra pessoa deseja que elas sejam, acreditando que assim chegará a felicidade no relacionamento, acabando por criar e manter por um tempo indefinido uma relação irracional angustiante e destrutiva.

Nesses casos é urgente que aprenda a viver o amor, e não morrer por causa dele e, muito menos, matar em nome dele.

Será que existe algo mais absurdo que isso? Matar o ser amado por amor…

 

Amar não deve ser uma ato masoquista no qual devamos nos perder sob o jugo de alguma obrigação, de amar infinitamente, de se perder ou se esquecer no amor, de ser impossível viver sem a outra pessoa, de não existir vida sem essa relação. Amar deve ser a maior expressão de paz e felicidade vivenciada por uma pessoa. E só é possível atingir em plenitude o amor por outra pessoa se primeiro aprendermos a nos amar, a nos respeitar.

 

Ninguém morre por amor! Morre por amor, quem sente um enorme desamor por si próprio! Mata em nome do amor quem nada, absolutamente nada, sabe sobre o amor.

 

Mauro Mestre